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O TWITER DE UM HOMEM

segunda-feira, 2 de julho de 2012

AMOR REAL

Hoje estou nostálgico - para variar.
Talvez seja reflexo do meus novos, porém exibidos cabelos brancos. Tudo bem que são só uns fios aqui ou acolá, mas são o suficiente para despertar em mim um sentimento de "no meu tempo".

Meus pais, sempre que começam a contar alguma história de quando eram jovens, usam este bordão:
- No meu tempo isso... No meu tempo aquilo...
Este é o prefixo de quem já viveu um pouco mais, ou pelo menos sente-se um pouco mais experiente, vivido, velho - forcei a barra?
Mas para amenizar este meu momento "old", resolvi trazer à memória coisas que me dão esperança. Segundo minha amiga Bruna Gabriela, esta é sempre uma boa pedida para estes momentos.

Lembrei das minhas tardes adolescentes, onde depois de um dia cansativo de aula, chegava em casa, ligava a TV, eu ouvia o agradável som da voz do "Cajú" dando o comando ao seu companheiro de clube:
- Dá o play Macaco!
Haaaaaaa! era a Tv CRUJ, um programa comédia que passava no SBT, onde uns garotos que haviam montado uma TV pirata invadiam a programação para rodar desenhos - Revolucionário, não?

Dos desenhos exibidos, um me marcou um bocado: DOUG.

Doug era um garoto de onze anos que havia se mudado com a família para uma pequena cidade.
Lá ele vivia grandes aventuras ao lado de seu melhor amigo SKEETER, e de seu fiel cachorro, o COSTELINHA - meu sonho era ter um cão com esse nome.

O Doug tinha outro aspecto com o qual eu me identificava, ele era apaixonado por sua
grande amiga - eu tambem já fui - PATTY MAIONESE.
Se ligou no nome? Patty Maionese?
A patty Maionese não tinha nada de mais, fisicamente falando, era boa em esportes... Nada mais.

Fico pensando naqueles filmes americanos em que o sujeito se apaixona por uma loura de olhos azuis e adjetivos comuns a uma nascida no olimpo.
Eu particularmente nunca me apaixonei por alguem assim. Posso ter achado linda, ter ficado impressionado, mas amor mesmo ou paixão, nunca nessa vida.

A primeira garota por quem  fiquei enamorado - lá pelos doze anos de idade - era linda e tal, mas tinha olhos enormes, minha outra paixão era uma magrela, outra tinha seios "plus size" - grandes garotos. ^-^
Todas tinham aspectos positivos, afinal me apaixonei por elas, mas não eram mulheres encantadas evoltas em uma nevoa, tipo uma Sailor Moon.

Na moral, acho que amor real só pode ser sentido por alguem real, que tem defeitos e que não é "perfeitona". Aleluia se você, de repente, conseguiu a glória de casar com alguem gente fina e lindo de morrer - lembrando que só sua opnião não conta, tá.

Talvez a grande graça seja essa, amar alguém que outros olhem e digam que você é louco, que pode arranjar coisa melhor.
Mas posso garantir que não tem nada melhor que estar apaixonado por alguem por quem você queira ser melhor, afinal ela te dá gás pra isso.
Gás... Só senti com o amor real. :D





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